Elektra é uma personagem criada por Frank Miller
durante sua fase na revista do Demolidor. Na ocasião da publicação desta
minissérie (publicada originalmente pela Abril), ela estava
morta. Portanto, Miller resolveu contar uma história do seu passado, e
defini-la de uma vez por todas.
É importante entender que esta é uma
obra conceitual.
Em um enredo comum, o foco costuma ser um acontecimento. Aqui, o foco é
Elektra Natchios. Partindo desse princípio, os autores tiveram a
liberdade de criar uma obra surrealista e o que é mostrado ao leitor nem
sempre está acontecendo.
Destaque para a página 37, na qual acontece uma cena em que a personagem
(que estava sob efeito de um alucinógeno) recupera a consciência.
Para
retratar isso, o quadro em questão foi recortado em pedaços que parecem
amarrados por linhas, cada vez mais juntos.
É um desafio encontrar todas as inovações contidas nesta obra. Frank
Miller e Bill Sienkiewicz (um dos nomes mais impronunciáveis da
indústria, mas de um talento incrível) tiveram liberdade para criar uma
história autoral.
Para dar vida às páginas, o desenhista utilizou
pintura, passou por desenhos a lápis, fotocópias, grampos e até - pasme -
guardanapos!
Tudo isso já seria bastante para construir um clássico no aspecto
visual, mas ainda é necessário citar o enredo.
Além de criativo, é ácido
a ponto de criticar as instituições norte-americanas e reduzi-las a uma
gigantesca piada.
Apesar de escrita em 1986, alguns dos temas
retratados são válidos até hoje, como o presidente (então Ronald Reagan)
megalomaníaco.
(Origem da resenha Universo HQ)
editora: abril
dimensão/formato: americano
lombada: brochura c/ grampos
cor: colorido
paginas:
valor: $




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