domingo, 13 de janeiro de 2013

Batman O Cavaleiro das Trevas 2 - Editora Abril


Três anos depois da morte aparente do Batman, em Cavaleiro das Trevas, os Estados Unidos são governados pelo presidente Rickard, que não passa de um fantoche digital de Lex Luthor.

Os antigos super-heróis estão afastados e assistem a tudo impassíveis. Mas... até quando? A trupe liderada pela Catgirl e os batboys resgatam dos seus diferentes cativeiros duas lendas do passado: Átomo e Flash.

Esse ressurgimento de aventureiros mascarados desperta velhas rixas, obrigando o Super-Homem a se reunir com seus companheiros, Capitão Marvel e Mulher-Maravilha, o que resultará numa intervenção direta nos planos do único responsável possível: Batman.

O Super-Homem está sendo chantageado por Lex Luthor e Brainiac, que mantêm a cidade engarrafada de Kandor (o último resquício de Krypton) sob seu domínio.

Mas para chegar ao Homem-Morcego, o enfurecido Homem de Aço terá que passar antes por velhos aliados a Liga da Justiça: Flash, Átomo e Arqueiro Verde.

A polêmica aumentou ainda mais quando foram divulgados os primeiros previews das artes da série. Mas o fato é que, depois de tanto "barulho", O Cavaleiro das Trevas 2 tornou-se o maior sucesso de vendas nos quadrinhos americanos em muitos anos. 
Afinal, todos queriam conferir os novos rumos que Miller daria ao Morcego cinqüentão.

Pelo primeiro número, tem-se a impressão que O Cavaleiro das Trevas 2 será, no máximo, uma boa história, passando longe da revolução que sua antecessora gerou no mercado.

Mas, ao mesmo tempo em que as sacadas para o aprisionamento do Flash e do Átomo foram geniais e a utilização de vários personagens da DC foi muito legal, o artifício usado para transformar o Super-Homem num empregado de Luthor e Brainiac foi quase simplório. 

O Cavaleiro das Trevas 2 poderia perfeitamente se chamar "No Reino dos Pés-Grandes", tal o exagero que Miller adotou, seguindo seu estilo de traço atual. 
Em Sin City isso funciona bem, mas numa história de super-heróis ficou bastante esquisito.

O ponto mais negativo da obra é, sem dúvida, a colorização de Lynn Varley. Ela é uma excelente profissional na pintura manual, mas resolveu usar O Cavaleiro das Trevas 2 como "campo de testes" para seu primeiro trabalho em computador, o que é inadmissível.

As cores ficaram berrantes ao extremo, num "psicodelismo" que não combina com o clima do roteiro, ainda mais se lembrarmos que o personagem principal é o Cavaleiro das Trevas.  

Por incrível que pareça, nesta primeira edição, Miller e Varley conseguiram fazer os leitores sentirem saudade da arte-final de Klaus Janson.

É claro que O Cavaleiro das Trevas 2 é leitura mais do que obrigatória para os fãs de quadrinhos, ainda mais em tempos de histórias de super-heróis tão pífias. 
Entretanto, a sinergia entre roteiro, desenhos, cor e arte-final que se viu na primeira minissérie, há 15 anos, está muito longe de ser alcançada.
  
(Origem Omelete)
 
dimensão/formato: americano
lombada: brochura c/ grampos
cor: colorido
paginas:
valor:
$






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